A Fundação de Serralves promoveu uma competição para um pavilhão itinerante para albergar exposições de arte e performances em diferentes locais. O programa inclui uma estrutura flexível que pode assumir diferentes dimensões (de 200 a 600 m²) e que possa ser repetidamente montada, desmontada e armazenada. Dentro destes requisitos, assumimos três fatores como diretrizes fundamentais para o desenho da proposta: garantir resistência estrutural ao pavilhão após diversas montagens; encontrar a solução menos dispendiosa para o armazenamento do pavilhão (quando não estiver em uso, não deverá representar qualquer custo); por fim, providenciar as mesmas condições físicas que um museu permanente, mantendo em segurança as peças em exposição.
A nossa proposta consiste num conjunto de peças de betão, contendo em si a camada de isolamento e todas as cablagens técnicas, compondo módulos que são conectados entre si e flexivelmente dispostos, criando assim edifícios com diferentes formas e dimensões, adaptando-se às necessidades específicas de cada local para a sua montagem/exposição.
Estes módulos têm três tamanhos distintos, permitindo que sejam armazenados uns dentro dos outros, como uma matriosca, assim ocupando um espaço reduzido. Dada a composição bruta dos módulos, eles poderão ser armazenados em qualquer lugar, mesmo em espaços exteriores, não havendo necessidade de um armazém fechado, e assim reduzindo os custos de armazenamento para zero. Todas as peças foram calculadas e desenhadas com dimensões específicas para permitir fácil transporte e uma montagem eficaz. Garante-se assim não só a sua exequibilidade em termos construtivos como também a viabilidade económica e técnica dos processos de montagem e desmontagem.